Novos motores Etios

olha, devo confessar que o fato de o motor do meu etios antigo ser totalmente fabricado e montado no japão me passa uma melhor sensação de segurança e confiabilidade do que os novos motores feitos no Brasil, não que existam dúvidas quanto a qualidade toyota, porém, japão é japão né, outro nível.

Arrisco dizer que os motores japoneses dos etios atuais serão mais duraveis e confiaveis....

na boa, não tem nem como comparar a mão de obra técnica brasileira com a japonesa, chega a ser uma covardia, pode ser mais potente, vvt e os "cambal", mas não sei se arriscaria agora não, para alguem fazer uma m.... na linha de montagem brasileira e dar um recall não custa nada kkkkkkk

Verdade , mas o dia que a mídia do Brasil souber alguma coisa de carro ..... kkkkkkk

Apoiado Giovanni Cesar!!!

A ideia do VVT-i, que se resume a dois atuadores de fase dos comandos de válvulas controlados pela ECU, é a de se obter maior eficiência de enchimento dos cilindros (+enchimento = +torque) em uma faixa ampla de RPM´s do motor.

Os motores que equipam os Etios até 2016, sem tal dispositivo e portanto com diagrama de abertura de válvulas FIXO, foram claramente calibrados para torque em baixos RPM´s. Isso explica a característica de força, tão elogiada e que torna o carro ágil e prazeroso de dirigir na cidade.

No nosso mundo, qualquer escolha proporciona PRÓS e CONTRAS. E quais são os contras da calibração para torque em baixa? Perda de fôlego em altos RPM´s e, consequentemente, potência máxima moderada. É por isso que, em uma competição ao estilo "super trunfo", o motor do Etios é tido como medíocre. A GM conseque extrair mais de 100cv de seu Família I de 1,4 litros e apenas 2 válvulas por cilindro. E o projeto desse motor data mais de 30 anos! Isso porque seu diagrama de abertura de válvulas - também FIXO! - foi claramente otimizado para altos RPM´s.

Mas quem dirigir um Onix, notará que abaixo de 2.500rpm esse motor é bem fraquinho... E fará a pergunta para si mesmo: De que adianta eu ter mais de 100cv, disponíveis somente acima de 6.000rpm, se o motor é fraco justamente na faixa de RPM´s que eu mais uso?

Enfim, a Toyota, para competir em termos de número de potência máxima com os carros de sua categoria, mas sem abrir mão dessa agradável característica do Etios de torque em baixa, foi obrigada a lançar mão da tecnologia adicional do VVT-i. Só não será o único na categoria dos compactos porque o JAC J3 também utiliza.

Para mim, e suponho que para a maioria dos membros desse fórum, o ganho em alta rotação não influenciaria no uso do carro no dia-a-dia.

O que me deu uma pontinha de inveja, apesar de ainda não saber das relações, é do câmbio de 6 marchas! Tomara que a Toyota tenha calibrado a 6a marcha para baixas RPM´s na estrada!

concordo plenamente, creio que no uso cotidiano praticamente não será notada qualquer diferença, ou, muito pouca. Realmente uma sexta marcha como overdrive para diminuir a rotação em velocidade de cruzeiro e como consequência economia de combustível.

Muito interessante a explicação do azu a respeito do funcionamento do motor "antigo" do Etios. Essa característica do torque em baixas rotações, que não fica evidente do simples exame dos dados técnicos que em geral são divulgados, também me parece a mais importante para o uso urbano do carro. No caso específico do Etios, ainda existe uma ajuda do câmbio "antigo", me corrijam se eu estiver errado, que tem uma quinta marcha um pouco mais "curta" do que se poderia esperar (para uso em retas longas). Daí, talvez, o prognóstico de se ter uma diminuição do consumo em estradas, com a adição de uma sexta marcha. Por outro lado, me fica a dúvida se a incorporação desse "VVT-i" nos novos motores não implicaria a necessidade de manutenção extra, além de uma certa perda de robustez, quando comparados aos motores antigos.
Abraço !

Quanto às observações do colega Giovanni, sobre a qualidade dos motores "japoneses", em oposição aos "brasileiros", eu discordo, pelo seguinte:
"Qualidade", na indústria, é a satisfação de normas técnicas. Com o advento da globalização, os carros passaram a ser montados com componentes vindos de fábricas espalhadas pelo Planeta. Para que isso possa acontecer, é necessário também, padronizar o processo de fabricação, cujo resultado final vai ser aferido pelo controle de qualidade. Quando uma montadora do porte da Toyota investe numa fábrica nova, ela não pensa apenas no mercado local, ela pensa globalmente, de forma estratégica. De forma que a qualidade do produto seja a mesma, não importa onde tenha sido fabricado...

igorfon, com certeza o sistema VVT-i não vai trazer nenhum custo extra de manutenção, pois temos que lembrar que o Etios é o único carro da Toyota no mundo todo que não tem esse sistema, quando esse motor foi anunciado na índia em 2010, faziam 8 anos que a Toyota não lançava um motor sem o VVT-i, este sistema existe nos motores Toyota dês de 1991.

O sistema VVT-i da Toyota é muito simples e robusto, o Corolla já usa dês de 2003 no Brasil, ele também não depende de nenhuma revisão, inspeção ou ajuste.

Eu concordo sobre a qualidade dos motores fabricados aqui, tenho certeza que serão tão duráveis quanto os japoneses.

olha realmente eu espero que sim (mesmo acreditando que não) porque adoro o carro e pretendo dar este que tenho hoje para minha esposa e comprar outro para mim

O que eu gostei ainda mais é que é o Dual VVT-i é que variação do tempo de válvula de escape também. O único concorrente do segmento que possui variação também no escape é o Ka/Ka+, e somente na versão com motor 1,0 litro.

Eu não sei exatamente qual a vantagem de ter variação também do tempo das válvulas de escape, acredito que seja menor emissão de poluentes, é isso? O que mais a variação de escape proporciona? Abs

ksio89, o objetivo é esse mesmo, menor emissão de poluentes, mas o motor também se torna um pouco mais eficiente, permitindo que se ganhe alguns cv a mais e também reduzindo o consumo, mas nesse ponto o variador na admissão é bem mais importante, por isso a maioria dos carros tem o variador na admissão apenas, é o tal custo x benefício.

O novo Peugeot 208 1.2 também vai vir com duplo comando variável, o Up! já tem, mas só o TSI.

Obrigado pela explicação, RSS_X3. Que bom saber que a Toyota aplicou o variador mais completo, esse motor com câmbio manual de 6 marchas vai ser um espetáculo de economia, sem sacrificar desempenho.

Não sabia que havia variação de fase das válvulas de escape também do up! TSi.

Vou me expressar em relação ao primeiro comentário. Já deixo claro que não trabalho mais na indústria automobilística.
Trabalhei por 9 anos em uma montadora (Mercedes Benz) em Juiz de Fora. Pela minha experiência vivida dentro daquela fábrica, eu posso afirmar que a questão da qualidade da mão de obra no Brasil depende unicamente da política de qualidade exigida pela montadora e não da qualificação de nossa mão de obra. Ao contrário do que é pensado, nós brasileiros, somos muito bons no que fazemos. Os alemães da MB, receberam os brasileiros que foram até lá na Alemanha para serem qualificados um tanto descrentes da nossa capacidade e ficaram muito surpresos com a qualidade, proatividade, criatividade entre outras qualidades de nossa mão de obra. Foi preciso apenas 1/3 do tempo previsto por eles para que os brasileiros aprendessem todo o processo. Durante o tempo que sobrou, eles acabaram aprendendo a confiar nos colegas que foram até lá havendo chance para que os brasileiros contribuíssem com boas ideias no aprimoramento do produto e do processo de montagem.
Portanto, não subestime o Brasil. Não se subestime. Você também é brasileiro. Nós somos bons no que fazemos.
Se a Toyota do Brasil optar por cortar custos EM QUALIDADE nos produtos feitos aqui (eu não acredito que isso vá acontecer), aí sim teremos um motor pior. Caso contrário, podemos manter nossa preferência no ETIOS.

Eu também acredito que é infundado o medo de uma queda de qualidade na fabricação de motores nacionais. Confio no controle de qualidade da Toyota, quer sejam fabricados no Japão ou aqui.

Concordo com você ksio89, o fundamental é o controle de qualidade, esse é o caminho do sucesso em qualquer área.

Com o lançamento do Civic 1.5 turbo, acho bem provável que a Toyota no futuro faça o mesmo com esse 1.5 no Corolla para não ficar atrás, será que estou divagando?

De acordo com um amigo que trabalha numa concorrente da Toyota (Honda), a filial brasileira mantém o padrão de exigência adotado no Japão. É a montadora mais rigorosa em se tratando de controle de qualidade para peças, montagem, pintura, etc. Os japoneses são naturalmente mais exigentes em relação às padronizações, mas a Toyota se destaca entre elas. Algumas peças que são aceitas pela Honda, Mitsubishi e Nissan não passam pelo controle de qualidade da Toyota. Já havia ouvido falar disso, mas fiquei admirado ao escutar isso da boca de um funcionário da Honda.

Minha irmã trabalhou por 8 anos em uma fornecedora de borracha automotiva e sempre a Toyota era a cliente mais chata. Depois dela, quase tão exigente quanto, era Honda. As montadoras francesas e a FIAT sempre eram as piores. O negócio delas sempre foi baixo custo a qualquer preço. Elas definiam valores para fornecimento de partes que obrigavam a empresa a utilizar matéria prima de qualidade duvidosa, mesmo ciente dos riscos.

Outra informação interessante veio de um primo que trabalhou 10 anos numa fundição de blocos de motores no Japão. A empresa fabrica blocos para praticamente todas montadoras japonesas. Seguindo a mesma tendência, a Toyota sempre é a que impõe restrições mais críticas na fabricação dos blocos. Não é a toa que seus motores são os mais duráveis do mundo.

A propósito, a tecnologida dos motores com VVTi é bem antiga no Japão. Os motores Toyota, Honda e Nissan já a usam desde o começo da década de 90. Pesquisem em fóruns americanos que encontrarão o relato de vários taxistas americanos que dizem possuir Corollas, com motores similares, com mais de 800 mil km sem retífica. Isso mesmo!

Também concordo com a opinião acerca da nossa mão-de-obra. Já tive complexo de vira-lata até morar fora. Temos técnicos excelentes em todas as áreas de conhecimento no país. Nossas universidades de ponta não fazem feio frente as melhores do mundo. O que muda é a quantidade de verba para P&D que ITA, USP, UNICAMP, UFRJ, FEI, UFMJ, UFPE, UFBA, entre outras, recebem. Lá fora há uma perfeita sintonia entre o setor privado e a academia, o que afeta a quantidade de publicações importantes e patentes. Mas profissionalmente e tecnicamente, os melhores técnicos brasileiros estão entre os melhores do mundo e a prova disso é que os melhores técnicos brasileiros são disputados pelas maiores empresas do mundo. Já trabalhei com japoneses, espanhóis, italianos, alemães e americanos e posso dizer que levamos vantagem em alguns pontos. Temos muito mais jogo de cintura e somos mais criativos que eles.

Sendo assim, não vejo motivo para ter medo de adquirir o novo Etios. Deve ser tão bom quanto!

Que temos bons profissionais e condições não há dúvidas, mas temos também uma coisa chamada jeitinho, falo com conhecimento de causa, trabalho na área e já vi coisa de arrepiar o cabelo, como troca de especificação de aços por exemplo, o cliente pede a peça em um tipo de aço, via de regra mais resistente e as empresas fornecem em aço de menor qualidade por questão de custo ou de estar disponível, o único jeito de descobrir se não é o aço especificado é através de análise metalográfica, que é extremamente cara para ser feito a cada lote de peças recebido. Já vi trocarem aço em peças para transportes públicos, máquinas pesadas, que depois veio se saber que no teste de campo teve a referida peça partida ao meio, sem que ninguém soubesse porque motivo. Além de ter diversos colegas de trabalho antigos nessa área também que contam a mesma coisa da maioria das empresas por onde passaram salvo raras excessões. Fornecimento de peças para montadora é coisa do capiroto tem que ser a toque de caixa, tem multa se não entrega, pressão gigantesca, pessoal muitas vezes trabalha em três turnos sem fim de semana ou feriado por até 6 meses dependendo da demanda, então muitas vezes o que importa é fazer a peça, se bem ou mal feita não importa. A Toyota pode montar direitinho, mas se a peça não tiver qualidade não adianta, é o que aconteceu com o recall de airbags praticamente no mundo todo incluindo diversas montadoras inclusive a Toyota, o erro passou pelo controle de qualidade, aí já era. Apesar de que eu torço para que dê tudo certo afinal de contas temos diversas fábricas de motores de outras montadoras por aqui.

Bom, isso vai do controle de qualidade de cada empresa, como já foi dito acima. A Toyota fabrica o Etios todo no Brasil, apenas o motor e caixa vem do Japão, se fosse pensar assim o carro todo seria ruim, menos o motor, o que não é verdade.

Só pra manter ativa essa discussão sobre qualidade; a Embraer briga em igualdade de condições com a concorrência, e aí só tem cachorro grande...
(muito instrutivo esse tópico !)

Continuando, o que foi dito acima pelos colegas, confirma, no meu entendimento, a idéia de que, hoje pelo menos, qualidade é uma característica definida pela política das grendes montadoras, independente do lugar onde o produto é fabricado.

Concordo que qualidade hoje é essencial para todas as empresas, mas quando envolve custo é sempre complicado, veja-se quantos recalls estão ativos em diversas montadoras neste momento, na maioria das vezes peças com defeito que passaram certamente pelo controle de qualidade, isso quando elas admitem, tem um tópico aqui no etios clube sobre estalo na suspensão dianteira que tirando o consumo de combustível deve ser um dos maiores tópicos do fórum, nem entro mais nesse tópico, mas quando entrava, até modelos 2015 ainda tinha gente reclamando, o carro foi lançado em 2012, uma suspensão que faz barulho à toa teve algum problema no controle de qualidade, algumas pessoas conseguiram que as concessionárias resolvessem outras ouviram que era característica do carro, se algumas resolveram, era defeito, possivelmente que não envolve risco de acidente, então fica como está. Mas acho sim que temos competência para fazer até melhor que os motores antigos.

Verdade Darci !!! E vamos ver se com essa nova suspensão, com nova calibração, coxins hidráulicos, irão acabar de vez com essa parte negativa da suspensão. Até hoje percebo no meu, mas o carro como um todo compensa e muito !!!

Também não vejo fundamento nisso, ainda mais motores feitos para injeção FLEX e sem VVTi ou seja lote para Exportação e provavelmente com algumas diferenças e custo menor...

Acredito que o motivo dos motores serem importados tem mais relação com Custo e tempo de implantação e adequação na montadora que mão de obra inferior, ainda mais que a indústria automotiva é bastante mecanizada já.